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O Conselho de Administração do OPART, E.P.E. informa que Pedro Amaral foi selecionado por unanimidade pelo júri do concurso para diretor artístico do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), para o quadriénio 2025-2028, iniciando funções a 1 de setembro de 2025.
O júri do concurso, composto por Conceição Amaral (presidente do júri), Rui Morais, Jorge Vaz de Carvalho, Isamay Benavente e Paolo Pinamonti, reconheceu a elevada qualidade das cinco candidaturas finalistas. Deliberou, por unanimidade, distinguir a candidatura de Pedro Amaral, sustentada pela clareza e coerência da proposta programática, pela solidez da sua formação musical e pela relevante experiência artística. O júri valorizou ainda a abrangência da visão apresentada, aliada a um pensamento crítico e construtivo, bem como a um profundo sentido de missão e entusiasmo revelado por Pedro Amaral perante os desafios do Teatro Nacional de São Carlos e o seu futuro.
A candidatura de Pedro Amaral colocou a missão de serviço público do Teatro Nacional de São Carlos no centro da sua ação, enaltecendo o seu papel de referência nacional e internacional. A carta programática apresentada a “3 tempos”, curto, médio e longo prazo, coloca o foco na criação artística, no repertório, no património musical português, no desenvolvimento do talento e criação portuguesa, com uma atenção especial e rigorosa na itinerância, na diversidade dos públicos e na construção de redes e colaborações internacionais.
O júri realçou ainda que o seu percurso pessoal e artístico, bem como o seu conhecimento do setor das artes performativas e a sua capacidade de comunicação e expressão, demonstrados durante a entrevista, evidenciam igualmente a sua preparação para a necessária representação institucional, para a resolução de problemas e para a gestão de equipas técnico-artísticas.
O concurso internacional de seleção do Diretor Artístico do Teatro Nacional de São Carlos decorreu entre 21 de dezembro de 2024 e 6 de maio de 2025, e para o qual foram rececionadas 21 candidaturas, consideradas todas elegíveis para apreciação do Júri.
A qualidade e a diversidade das candidaturas recebidas revelaram a importância que o Teatro Nacional de São Carlos tem não só a nível nacional como também a nível internacional. A todos os candidatos e candidatas é devido um sincero agradecimento pelo envolvimento e interesse.
O Conselho de Administração do OPART deixa também um agradecimento aos elementos do júri, externos ao OPART – Jorge Vaz de Carvalho, Isamay Benavente e Paolo Pinamonti – pela disponibilidade, dedicação e apreciação detalhada das candidaturas.
Pedro Amaral
Nota Biográfica
Compositor e maestro, Pedro Amaral (Lisboa, 1972) iniciou os seus estudos com Fernando Lopes- Graça, em 1986. Graduou-se na Escola Superior de Música de Lisboa (1994) e no Conservatório Nacional Superior de Paris (CNSM), onde obteve o Primeiro Prémio em Composição por unanimidade do júri (1998). Estudou direção de orquestra com Emilio Pomàrico e com Peter Eötvös, de quem foi assistente.
Prosseguiu estudos universitários na École des Hautes Études en Sciences Sociales, obtendo um Mestrado em Musicologia Contemporânea (1998) e um Doutoramento (2003) com uma tese sobre Momente, de Karlheinz Stockhausen.
Trabalhou no IRCAM – Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique, em Paris, como compositeur en recherche entre 1998 e 2004.
Foi compositor residente na Herrenhaus Edenkoben (Alemanha, 2001), na Villa Medici – Academia de França em Roma, (antigo Prix de Rome, 2004/2005) e no Palácio Lenzi em Florença, 2006.
Em 2006 gravou o seu primeiro disco monográfico, com a London Sinfonietta, sob a sua direção. As suas óperas O Sonho e Beaumarchais foram estreadas em Londres (2010) e em Lisboa (Teatro Nacional Dona Maria II, 2017), respetivamente.
É Professor da Universidade de Évora desde 2007 e membro da Academia de Belas Artes desde 2017.
Com presença assídua em muitos dos mais importantes festivais internacionais, Pedro Amaral dirige numerosos concertos em Portugal e no estrangeiro, com um repertório que se estende do classicismo vienense à contemporaneidade.
Com uma ampla experiência na programação artística de concertos, temporadas e festivais, desempenhou as funções de Maestro Titular da Orquestra do Conservatório Nacional (2007/2008), do Sond’Arte Electric Ensemble (2007/2010) e da Orquestra Metropolitana de Lisboa, funções que acumulou com as de Diretor Artístico (2013/2020).
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