Vertigo, de 1958, é um dos oito filmes em que Bernard Herrmann (1911-1975) e Alfred Hitchcock trabalharam juntos. A tensão entre desejo e medo é o fio condutor do filme e atravessa toda a suíte. O terceiro e último andamento, uma cena de amor inspirada em Tristão e Isolda, reúne os mesmos elementos da ópera: amor, obsessão e morte. 

Era uma vez na America é um filme de Sergio Leone, realizado em 1984, que retrata a vida de gangsters americanos, as suas amizades, amores e traições. A música de Ennio Morricone (1928-2020) tem um carácter nostálgico e melancólico, que enfatiza as lembranças das personagens.

Nino Rota (1911-1979) escreveu música para filmes de realizadores como Visconti, Zeffirelli e Coppola, mas a relação artística com Federico Fellini foi «a mais harmoniosa» – nas palavras do realizador – e durou de 1952 até à sua morte, em 1979. Oito e meio (1962) é um complexo filme sobre o processo criativo do protagonista, um cineasta em crise. Realidade, imaginação e memória sobrepõem-se e a música reflete essa fluidez, com melancolia e humor.

O compositor britânico John Barry (1933-2011) já conhecido pela sua música para os filmes da personagem James Bond, conquistou um Óscar de melhor banda sonora original para África Minha (1985), filme realizado por Sydney Pollack. O tema principal consegue evocar os grandes espaços abertos da savana africana, num ambiente de otimismo que se transforma em dúvida.

West Side Story é a versão atualizada do trágico amor entre Romeu e Julieta. Os dois jovens, que pertencem a etnias rivais, apaixonam-se e reúnem-se na morte, por não poderem viver plenamente o seu amor na cidade de Nova Iorque, nos anos 1950. Leonard Bernstein (1918-1990) compôs a música para a célebre e longeva peça de teatro musical, a qual evoca os contagiantes ritmos latinos para ilustrar o gangue porto-riquenho.

John Williams (1932) cedo percebeu como escrever música para cinema: uma vez que a atenção está focada na imagem, a música deve ser direta e sucinta, acordando as emoções primárias. A saga Guerra das Estrelas foi iniciada em 1977, por George Lucas, e John Williams criou a lendária banda sonora original, com uma clara oposição entre o bem e o mal. Os reconhecíveis temas e motivos musicais marcaram gerações sucessivas aos longo de quatro décadas e nove filmes, num raro caso de sucesso musical e cinematográfico.